MARICULTURA DE ALGAS

  • Maricultura Agar Brasileiro
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A maricultura de algas é a prática de cultivar e colher algas marinhas. Ela tem sido frequentemente desenvolvida como uma alternativa para melhorar as condições econômicas das comunidades costeiras e para reduzir a coleta excessiva de algas de bancos naturais. A maricultura de algas em larga escala é realizada principalmente em países asiáticos, onde há uma demanda muito alta por produtos de algas marinhas. O cultivo de algas marinhas é dominado por relativamente poucas espécies: as algas marrons, Saccharina e Undaria, e as algas vermelhas Porphyra, Kappaphycus e Gracilaria.

Saccharina, Undaria e Porphyra são cultivadas no Japão, China e Coréia como fonte de alimento para consumo humano. Seus nomes comuns como produtos alimentícios são kombu (saccharina), wakame (undaria) e Nori (Porphyra). Kappaphycus é a principal matéria-prima para a produção de carragena e é cultivada na Indonésia e nas Filipinas. A Gracilaria é a principal matéria-prima para a produção de agar-agar e é cultivada na China, na Indonésia e no Chile.

No Brasil, o cultivo comercial de Kappaphycus foi implantado nos áreas costeiras das regiões sul (Florianópolis), sudeste (Angra dos Reis, Ilha Grande, Ubatuba) e nordeste (Pitimbu). O cultivo de Gracilaria também foi implantado no litoral nordestino nas praias de Maceió e Flexeiras.

IMPACTOS PRODUTIVOS

O cultivo de algas marinhas ajuda a preservar os recifes de corais, aumentando a diversidade onde as algas foram introduzidas e também fornece um nicho adicional para espécies locais de peixes e invertebrados.

O cultivo pode ser benéfico, aumentando a produção de peixes herbívoros e mariscos na área. A maricultura de algas é frequentemente considerada a forma mais ecológica de aquacultura, uma vez que não requer a utilização de fertilizantes e não provoca grandes alterações físicas do meio ambiente.

A tecnologia relativamente simples do cultivo de algas com poucos equipamentos necessários, baixo custo, colheita de ciclo curto, fáceis manuseio e secagem em telas ou na areia da praia, promoveu-a como uma atividade sustentável, capaz de proporcionar oportunidades de subsistência alternativa para comunidades costeiras em países em desenvolvimento.

Além disso, como as áreas de cultivo estão em zonas entre marés, as mulheres podem acessar com segurança os locais de cultivo das algas. Como resultado, as crianças nessas comunidades podem ter acesso à educação, as mulheres têm a oportunidade de se capacitarem e as famílias tem maior capacidade de sustento e pagamento de suas despesas.

A introdução do cultivo de algas marinhas nas comunidades costeiras melhora os padrões de vida de muitas famílias, levando à conclusão de que os impactos socioeconômicos da maricultura de algas são, no geral, positivos.

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